terça-feira, 8 de abril de 2014

Várzea Nova: Escola espera a mais de um ano pela instalação de ventiladores e ares-condicionados



Em tempos que discutimos as sucessivas quedas nos números de alunos em nossas escolas, a qualidade do ensino oferecido, as condições de trabalho e valorização de nossos profissionais da educação e o papel desses profissionais em nossa sociedade, assim como o desempenho dos mesmos na difícil tarefa de educar, nos deparamos com situações muito comuns em escolas e cidades de nosso país, situações essas que demonstram como temos muito ainda que avançar no sentido de colocar a educação como prioridade máxima dos governos e da sociedade.
A situação a ser descrita acontece na maior escola do município de Várzea Nova, escola essa que estará completando no próximo dia 16 de abril exatos 43 anos de uma longa e linda história na arte de educar. Com 43 anos o CEJSO, assim conhecido carinhosamente, ainda permanece com parte de sua estrutura da época dos seus primeiros anos de glória, janelas, portas, piso, entre outras marcas do tempo, apesar das sucessivas “reformas” muito pouco se mudou no que se diz respeito às condições em que nossos professores e alunos ministram e assistem suas aulas. Como vítimas dessas condições ultrapassadas a comunidade escolar sofre em tempos de calor escaldante, são alunos que reclamam e professores que se sacrificam ao máximo tentando prender a atenção dos discentes.
Diante desse quadro o CEJSO adquiriu em 2013 ventiladores e aparelhos de ares-condicionados que deveriam ser instalados nas salas de aula e no auditório da escola, o que contribuiria para amenizar as difíceis condições do ambiente de sala de aula e de nosso espaço de eventos. Pois é, depois de aproximadamente um ano os ventiladores e os aparelhos continuam encaixados a espera de uma ação para instalá-los. Lembro que em um passado não muito distante ventiladores foram comprados e diante da “dificuldade” os mesmos foram remanejados para outros ambientes da escola e outros foram parar em outros órgãos públicos, me parece que mais uma vez ficaremos no quase.
Se de um lado as escolas conseguem parte de sua autonomia financeira, de outro esbarram na burocracia das gestões que não conseguem sequer colocar em prática ação até certo ponto simples, pois as mesmas dispõem de profissionais capacitados para funções nas diferentes áreas. Com isso sobra cobrança dos gestores escolares e falta ação por parte da gestão, e os alunos e profissionais e alunos que poderiam ser beneficiados são penalizados.
Não podemos esquecer e perder de vista que o CEJSO é um exemplo claro de falta de um projeto sério na nossa educação nas últimas décadas, desde 2005 foram nove diretores diferentes que passaram pela sua gestão, com isso falta saber onde queremos chegar, como e em quanto tempo isso deve ser alcançado. Estamos em um avião com comandante, tripulantes e passageiros, mas sem um plano de voo, sem destino, e pior, perdendo clientela ano após ano.
Na condição de professor e ex-diretor dessa casa educacional tão importante para a nossa cidade fico triste com essa situação, espero que possamos repensar nossa forma de pensar nossas escolas, contribuindo com nossos gestores escolares na difícil tarefa de conduzi-las.
O CEJSO ao completar 43 anos deveria receber de presente uma nova cara, cara essa que combine com os novos tempos, com as novas necessidades e realidades. Temos uma clientela formada por muitas crianças carentes, vítimas de uma sociedade que as exclui e as marginalizam, essas crianças merecem o mínimo de cuidado.

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